Perguntas mais frequentes
Se está a pensar submeter-se a uma intervenção com hipnose, leia primeiro esta página atentamente
A primeira coisa a comprovar são as credenciais do profissional e a segunda é contrastar a informação que oferece o suposto profissional com informação científica e fiável da hipnose, como a que oferece esta página.
Quem pode tratar com hipnose clínica?
A hipnose é uma terapia?
Não, a hipnose não é um tipo de psicoterapia ou tratamento psicológico em si mesma. A hipnose clínica abarca um conjunto de técnicas que se utilizam juntamente com outras técnicas e tratamentos que são os tratamentos realmente imprescindíveis para que a pessoa melhore. A hipnose clínica é útil para facilitar e melhorar a eficácia da intervenção. Por si mesma ou usada como único tratamento não parece ser muito útil, tal como indicam as investigações científicas.
Para que se pode usar a hipnose clínica?
A hipnose utiliza-se no tratamento da ansiedade, da depressão, do tabagismo, no controlo de hábitos, na dor crónica e em muitos outros problemas psicológicos. Também se utiliza em medicina, em dermatologia, no controlo da dor, em anestesia e cirurgia. Todavia, pode não ser útil para todos os problemas psicológicos ou médicos, nem para todos os pacientes. Portanto, a decisão do seu uso deve basear-se na avaliação e opinião de um profissional formado na utilização e limitações da hipnose clínica.
Quantas sessões requer um tratamento com hipnose?
O número de sessões de um tratamento que incorpore a hipnose dependerá da natureza e da gravidade do problema. Ainda que a hipnose pareça acelerar e facilitar os resultados do tratamento, não é habitual que numa única sessão se resolva o problema, e muito menos sem o apoio de outras estratégias terapêuticas.
Posso aprender a hipnotizar-me a mim mesmo(a)?
Toda a hipnose é uma forma de auto-hipnose, uma vez que a capacidade para hipnotizar é a pessoa que a possui, não o hipnotizador. Além disso, o profissional ensina ao seu cliente, sempre que seja possível, a manipular as técnicas hipnóticas mais apropriadas para o seu problema, juntamente com outras estratégias terapêuticas. Deste modo, uma vez aprendidas, o cliente poderá dispor destas técnicas sempre que necessite sem ter que recorrer ao terapeuta.
Perde-se o auto-controlo debaixo das mãos do hipnotizador?
Dado que a hipnose é uma técnica que se utiliza para o incremento de auto-controlo, as pessoas hipnotizadas, não só percebem tudo o que ocorre durante a sessão de hipnose, como também mantêm o controlo do seu comportamento, podendo ignorar à vontade qualquer sugestão que não lhe agrade, assim como aceitar aquelas que queiram. São muito poucas as pessoas que perdem a noção de onde estão ou que não recordam o que lhes sucedeu sob hipnose. Por isso, o profissional utilizará as sugestões terapêuticas que considere oportunas para cada pessoa e ensinará ao cliente a construir as sugestões e a auto-hipnotizar-se. Assim, não é trabalho ou função do profissional “controlar” o cliente, mas sim ensiná-lo a ter mais auto-controlo sobre aqueles comportamentos que são problemáticos para si.
As pessoas hipnotizadas dizem sempre a verdade?
Ainda que a pessoa hipnotizada mantenha o controlo do que ocorre a todo o momento, não revelará nenhuma informação que não revelaria fora da hipnose, portanto, pode mentir à vontade. A hipnose não é a máquina da verdade e uma vez que até é útil para aumentar o auto-controlo, pode até facilitar a capacidade de uma pessoa para mentir.
Estando sob hipnose, posso recordar eventos do passado que tenho esquecidos porque estão “reprimidos”, dissociados ou ocultos no meu inconsciente? É terapêutico recordá-los?
A hipnose não é mais eficaz para aumentar as capacidades mnésicas do que qualquer outra técnica. O mal foi que se comprovou que a pessoa que supostamente recorda sucessos pessoais sob hipnose crê com mais confiança na sua veracidade, ainda que não sendo reais, o que pode levar à criação de falsas memórias. O recuperar recordações de eventos passados não demonstrou ser terapêutico, contudo, as falsas recordações comprovaram ter efeitos negativos, especialmente quando se recordam coisas como ter sido abusado sexualmente na infância, ter sido abduzido por extraterrestres, ou ter sofrido em rituais satânicos. A investigação científica indica que, actualmente, não existe forma de distinguir quando uma recordação é verdadeira ou falsa. A pessoa pode dar muitos detalhes, sentindo muita dor psicológica e a recordação ser falsa. Quando uma pessoa recebe sugestões de regressão hipnótica, não recorda nem mais nem melhor o que se passou na idade a que supostamente foi “enviada”. Nem sequer está verdadeiramente a reviver essa idade, uma vez que actua conforme crê que actuava nessa época ou idade. Recordações prévias aos dois anos de idade devem tomar-se mais como criações do nosso cérebro que como recordações verdadeiras, já que os nossos neurónios não estão maduros para armazenar e recuperar correctamente a informação. Portanto, o uso da hipnose para melhorar a memória ou recuperar a memória de sucessos supostamente esquecidos está completamente desaconselhado.
É possível utilizar a regressão hipnótica para ir a “vidas passadas”?
Tal como se indica na resposta anterior, a investigação sobre este tema indica que as pessoas hipnotizadas não regressam realmente a momentos prévios das suas vidas, pelo que é ainda mais difícil aceitar que chegam a vidas passadas, visto que nem sequer se tem prova alguma de que existam de facto. As pessoas que indicam ter regressado a vidas passadas dão informação sobre essas vidas que quase sempre é incorrecta ao ser contrastada. As experiências que estas pessoas contam, são normalmente fantasias elaboradas a partir dos conhecimentos culturais disponíveis sobre determinadas épocas históricas. Mais, não existe nenhuma evidência científica que mostre que as terapias de regressão a vidas passadas sejam eficazes, podendo aliás, por outro lado, abrir a porta a todo tipo de crenças sobre a hipnose sendo estas altamente iatrogénicas (que geram problemas), como crenças em médiuns, contacto com espíritos, etc. A experiência indica que manter estas crenças pode favorecer delírios paranóides, superstições sobre males de ódio, malefícios, possessões demoníacas, etc., que podem alterar o ânimo e a vida da pessoa. Portanto, o uso da hipnose para voltar a vidas passadas é desaconselhado e carece de valor terapêutico.
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